Ela estava li, parada, sozinha...olhos fixos em algum ponto distante, no nada...
Talvez olhasse as estrelas solitárias e estúpidas...como ela....
A voz a tirou do transe
___Covarde!
De repente, se deu conta de como a violeta estava precisando de água....
morrendo diante de seus olhos sufocada em seu vasinho rodeado de outros vasos...com plantas viçosas...
Imediatamente ela se sentiu solidária...
Ela mesma , ali, enraizada naquela cidadezinha onde nada acontece....
Toda sua familia morava nos arredores e eram todos felizes e satisfeitos...
Não ela, não era feliz...
Novamente a voz...
_____Covarde!
Sentia seu ardor, sua audácia, sua sede de vida definhando...tal qual a violeta no vasinho...
Se via caminhando para o abismo da insanidade...
Algo selvagem se agita no seu peito..
___Covarde!.
Tinha que ir embora dali...
___Covarde!
Chora resignada....
E volta a olhar para um ponto fixo distante...no nada_.
__Covarde!
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