sábado, 21 de setembro de 2013

Poesia

Tem dias
que minha poesia
é barulhenta
grita e fala
minha mente voa
Em outros silêncio...
ela se cala
assim
....á-toa

Elizabeth Oliveira

Santos

Quanto mais moralista é o ser
mais podres tem debaixo do tapete
tenha medo, muito medo de quem arrota santidade
Solte seus bichos
...e viva os "pecados" que você
tem coragem de cometer ...
que se NÃO fizer mal
nem pra você e nem para ninguém
ta tudo certo...
Se permita ser feliz e NÃO aceite
o julgamentos dos "santos"

#Fikadika"

Prece

Vou ali...
fazer uma prece
Eu uma mulher exótica, filosófica
cheia de ciência e eficiência
de infinitas estações
as vezes me sinto pequenina
flutuando em um balé de sensibilidade...
indo da agonia a poesia
em uma fração de magia
e assim de dilema em dilema
faço um poema
...que aquece meu coração
feito prece
Amém!

Elizabeth Oliveira

Palavra é Porrada!



 "Apenas se deveriam ler os livros que nos
picam e que nos mordem.
Se o livro que lemos não nos desperta como
um murro no crânio, para que lê-lo?"
(Franz Kafka)"

VEM

Vem...
aquecer meu corpo
que a dor esfria
sopra em meus ouvidos
o calor do seu amor enche de cor
a casa do peito...
Que está
lúgubre
e vazia
vem...


Elizabeth Oliveira

Desatino

Um dia vou sair por ai...
sem destino
....Apenas desatino

A louca

...
a louca da casa
arrasta correntes
pensa que é fantasma
de outras gentes
...

A massacrante felicidade alheia


  Ah,
 "Criaturas frustradas, infelizes
 que vivem em busca de amor e de
algum reconhecimento social"
quando não encontram
criam uma feroz e emaranhada
mistura de sentimentos nebulosos
de preconceitos ressentidos
inconformadas com a felicidade alheia
apontam, criticam, se incomodam
esquecem de olhar pra dentro
delas mesmas e ver que o "problema"
...São elas...
 e continuam afogadas na inveja.

Elizabeth Oliveira

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Anjo


(...anjo neurastênico
 tem coração místico
 imerso no universo
 romântico profundo
 olhar molhado
 emocionado
 aluado magnífico
 menino franzino
 quase divino
 seu verso
 é tristonho cético
 e dolorido...)


Elizabeth Oliveira

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O Bárbaro



(...ela nem queria ir
aquela taverna estava cheia
de figuras estranhas
seus amigos riam e bebiam
ou bebiam e riam
todos se divertiam
ela ria e ria
ah, mas ela era feliz!
quando ele chegou
encheu o espaço
feito um viking
grande e rude
ela sentiu a pele arrepiar
grudou seus olhos
naquele bárbaro
e não desviou
ele a ignorou
mesmo quando
sua pele suada
nela grudou
ele a ignorou...)

Elizabeth Oliveira

Síria



(...isolados em nosso mundinho pequeno burguês
com egos inflados querendo ser a bola da vez
esquecemos a Síria e sua guerra insana
enquanto levamos nossa vida bacana
nem pensamos na criança atônita
na mãe que grita seu pavor
até ficar afônica
e na ilusão da perfeição...
não sabemos do pai
que enterra o corpinho inocente
aviltado do filho no campo de refugiado...)
 
 
Elizabeth Oliveira

Sutilezas


quando fecho os olhos
vou além
além do oceano no fim da rua
e a felicidade é fácil
laços de ternura
ecos da mente
coisas
jamais esquecidas
talvez obsessão
as distancias
as sombras
sombras que
cobrem a Deusa de Tróia
profundamente nua
sob a Lua


Elizabeth Oliveira